Polícia Federal (PF) encaminhou o caso do assalto a dois estudantes dentro de uma didática da Universidade Federal de Sergipe (UFS) à Polícia Civil. A informação foi passada pela assessoria de Comunicação da PF.
De acordo com o órgão federal, a transferência aconteceu porque o crime foi contra uma estudante, e não contra o patrimônio da Universidade. A assessoria da PF contou ainda que não recebeu as imagens das câmeras de segurança da UFS.
A instituição de ensino assegura que vem discutindo providências para reduzir a incidência de crimes como assaltos e furtos dentro do campus. Para os estudantes, no entanto, pouca coisa mudou. “Ainda não vejo segurança total. A gente se sente inseguro, porque muitas das medidas que foram tomadas não são visualizadas, como a criação da comissão de segurança”, reclamou o estudante Leandro Henrique.
Leandro Henrique diz que pouca coisa mudou |
Outra aluna, que preferiu não se identificar, disse que ainda espera as providências efetivas sobre os casos de violência. “Até agora não vi nada. Depois do assalto, tive colegas que contaram que foram assaltados nos arredores da UFS, inclusive quando tem eventos norturnos. Os problemas de segurança aqui são bem antigos. Policiamento aqui seria ideal, mas a questão é geral, não é só na Universidade. Acredito que deveria ter uma espécie de identificação de quem entra no campus”, sugeriu.
Rosalvo Ferreira, pró-reitor de planejamento "O que temos não capta as imagens dentro das didáticas" |
O reitor da UFS, Ângelo Antoniolli, falou sobre as providências que estão sendo tomadas. “Criamos um comitê que vai avaliar a segurança como um todo, com um debate claro e preciso. Tenho visitado os poderes responsáveis pela segurança pública. Não estamos isolados do mundo, não estamos em uma bolha protegida. Precisamos de estratégias que visem aumentar a segurança interna. Não é um problema só da gestão, mas de todos nós. O debate de implantação de catracas, por exemplo, não é administrativo. Não posso mudar uma rotina por causa da vontade de meia dúzia. Teremos que fazer uma discussão clara, e a comunidade fará suas opções. Não acredito que só catraca vá resolver o problema, mas pode ser que seja um dos caminhos”.
O pró-reitor de planejamento, Rosalvo Ferreira, falou sobre a questão das câmeras do campus. “O que temos não capta as imagens dentro das didáticas. O que temos é de áreas mais externas, onde há trânsito de veículos. Iremos redirecionar para onde tem maior fluxo de pessoas. Estamos adquirindo 100 câmeras, que serão colocadas em pontos estratégicos. A PF veio até o campus, identificou o fato com as vítimas, mas a ação é ela quem conduz. Não interferimos”.
Fonte: http://www.infonet.com.br/noticias/cidade/ler.asp?id=214544