Leitura

21/11/2019

Parlamentares representantes da categoria participam do segundo dia

As batalhas na defesa dos policiais federais no Congresso Nacional, o Clube de Vantagens, a briga na justiça pelos direitos da categoria, propostas para a modernização da segurança pública e a reestruturação da carreira Policial Federal. Esses foram alguns dos temas abordados no segundo dia da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que reúne representantes dos sindicatos filiados de todo o País. Paralelamente, jornalistas, assessores de imprensa e diretores de comunicação dos sindicatos realizaram o Encontro de Comunicação da Fenapef.

A visita dos deputados federais Aluísio Mendes (PSC-MA) e Ubiratan Sanderson (PSL-RS), que representam os policiais federais no Congresso Nacional, abriu os trabalhos.  Eles falaram sobre os bastidores que garantiram alguns avanços e a manutenção de direitos.

Detalharam a dificuldade da luta para garantir que a Reforma da Previdência não representasse prejuízos ainda maiores para a categoria. “Não é a reforma que queríamos, mas quem acompanhou sabe que conseguimos uma grande vitória, porque o que estava planejado para nós era muito pior”, enfatizou Aluísio Mendes. Ele lembrou que algumas das conquistas para os policiais federais só foram obtidas no momento da votação em plenário. Ensinou que, em política, muitas vezes é melhor não mexer muito num projeto que está acordado para votação, porque isso pode piorar muito a situação. 

Em seguida, detalhou a tramitação da PEC da Eficiência (PEC 168/2019) e disse que está lutando para que ela seja desapensada da PEC 412 (que é falsamente designada PEC da Autonomia). Desapensar significa garantir que ela tramite separadamente, que tenha “vida própria”. A ideia de vincular uma proposta à outra é comum no Congresso, mas vincula temas que, nesse caso, são diametralmente opostos. Como a Fenapef é contrária à ideia da falsa autonomia da Polícia Federal, defende a separação das propostas.

PEC da Eficiência

A PEC, que é uma iniciativa da Federação, pretende modernizar a Polícia Federal, equiparando-a às melhores polícias do mundo, com uma estrutura moderna, em que o policial federal inicia sua carreira pela base e é promovido por mérito. O objetivo com a reestruturação é entregar um serviço de maior qualidade para a sociedade, com custo menor, mais efetividade e policiais mais motivados.

Os conceitos propostos são os utilizados pelas polícias mais modernas do mundo já há muito tempo. “Essa PEC dará à Polícia Federal uma estrutura de primeiro mundo. Será possível fazer muito mais gastando muito menos”, defendeu o vice-presidente da Fenapef, Luiz Carlos Cavalcante, que presidiu a Assembleia dessa quarta-feira (20).

Sanderson, que integra a Comissão Especial para analisar o projeto do novo Código de Processo Penal (CPP), explicou que é preciso que a categoria esteja cada vez mais unida para garantir que o projeto que tramita no Congresso seja alterado ou até rejeitado.

“O Código precisa ser refundado”, destacou o vice-presidente da Fenapef, Luiz Carlos Cavalcante. Ele insistiu que a categoria precisa estar unida em torno das principais bandeiras – ciclo completo e porta de entrada única.

“Precisamos fazer a divulgação de nossas principais lutas e do que defendemos nos estados. Pedimos a todos que acompanhem nossos colegas, critiquem e façam sugestões”, finalizou Aluísio Mendes.

PF mais moderna e econômica

Uma pesquisa encomendada a especialistas da Universidade de Brasília (UnB) demonstra a economia que o Governo Federal poderá obter com a implementação da porta de entrada única para a Polícia Federal. O diretor jurídico, Flávio Werneck, explicou que o objetivo é explicar para todos os filiados como a proposta de modernização da Polícia Federal pode ser, além de mais racional e efetiva, mais econômica.

O professor Melillo Diniz explicou que a pesquisa está em fase final de compilação de dados e esclareceu que os dados comprovam a economia. “Projetamos um cenário de dez anos”, disse.

Clube de Descontos

O sócio do Markt Club, Roberto Niwa, detalhou o funcionamento do clube de vantagens. Disse que este ano foi lançado um aplicativo personalizado para a Fenapef. “Em respeito à terceira idade temos, inclusive, um botão de maior idade. As letras são maiores, o sistema é mais amigável”, explicou.

“Queremos sair daqui com uma integração ainda maior. O Federal Club está imerso nessa questão de comunicação com os filiados”, disse Luiz Carlos Cavalcante.

Comunicação integrada

Enquanto aconteciam os debates na AGE, os comunicadores se reuniam para debater como integrar as ações de divulgação entre os sindicatos. O jornalista Rudolfo Lago, editor-chefe do Jornal de Brasília e consultor de comunicação, explicou aos presentes a importância de construir uma relação de confiança com os jornalistas que acompanham o tema segurança pública. “É importante compreender que essa relação entre fonte e repórter ajuda a passar a mensagem que queremos transmitir e garantir que ela seja divulgada de maneira precisa”, disse.

Também foi apresentada a nova agência de comunicação responsável pela divulgação da Fenapef. A Re9 Comunicação, contratada em agosto deste ano, apresentou os resultados já obtidos e a estratégia montada para o próximo ano.

O terceiro dia de AGE será de debates sobre a Reforma do Estatuto e a criação da Diretoria da Mulher.

Sobre a Fenapef

Fundada em agosto de 1990, a Fenapef é a maior entidade representativa da Polícia Federal (PF), com mais de 14 mil filiados. Além de defender e representar os servidores da PF, a federação também atua como agente transformador nas políticas de Segurança Pública.

Dentre as principais áreas de atuação da Federação Nacional dos Policiais Federais, destacam-se a defesa irrestrita dos filiados e a luta por uma segurança pública moderna e eficiente.

Fonte: https://fenapef.org.br/parlamentares-representantes-da-categoria-participam-do-segundo-dia-da-assembleia-geral-extraordinaria