A Justiça Militar em São Paulo condenou 42 policiais militares presos durante a Operação Ubirajara, uma das maiores contra policiais no estado. Eles foram condenados por crimes de organização criminosa, associação para o tráfico de drogas, extorsão praticada por agente público, corrupção passiva e falsidade ideológica.
As penas impostas variam de 5 a 83 anos de prisão. Os policiais podem recorrer da decisão.
Segundo as investigações, os policiais tinham ligações com o PCC, facção que age dentro e fora dos presídios. Eles atuavam em um batalhão no Jardim Marajoara, Zona Sul de São Paulo, e foram presos em dezembro de 2018.
A corregedoria da PM e o Ministério Público apontaram que eles recebiam propina para fazer vista grossa e avisar traficantes de futuras operações.
Após a interceptação de 82 mil ligações telefônicas, o MP confirmou a suspeita de que policiais estavam recebendo dinheiro de um traficante conhecido como "Sandro" para não prendê-lo.
Na denúncia, os promotores citam trechos das interceptações indicam que os militares combinavam abordagens para aparentar legalidade no contato entre eles.
Segundo o Tribunal de Justiça Militar, durante a operação, 53 policiais foram presos:
- 32 soldados
- 13 cabos
- 7 sargentos
- 1 subtenente
Onze foram inocentados pela Justiça. Os 42 policiais estão no Presídio Romão Gomes e a Secretaria da Segurança Pública informou, por meio de nota, que não compactua com desvios de conduta. A TV Globo não conseguiu contato com a defesa dos advogados.